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sábado, 13 de outubro de 2012

QUE SÃO PROJETOS? Por que Projetos?


Em primeiro lugar, gostaríamos de frisar que os Projetos não são e não serão os salvadores dos problemas educacionais, e tudo será realizado a partir dele, ou seja, não podemos utilizar a fantástica concepção dos conceitos de Projetos e fazer desta a panacéia da educação, pois desta forma estaremos enterrando uma excelente proposta sem mesmo ela ter nascido no seio das escolas.

Diferentes dos cansativos e anacrônicos trabalhos de casa e das pesquisas que se transformam no máximo em “ bons” exercícios de caligrafia, já que estes refletem apenas a cópia de centenas de enfandonhas palavras de um livro, os Projetos ampliam em muito estes velhos conceitos.


Sua proposta reflete muito alguns conceitos já mencionados no construtivismo  pois, para iniciar um Projeto, o aluno já deverá possuir algum tipo de conhecimento do tema proposto, levando-se em consideração que este partiu de seu foco de interesse, portanto poderemos dizer que até o momento este aluno já possui “ esquemas”  que deverão ser mudados no decorrer do Projeto.

No desenrolar das etapas do Projeto muitas situações problemas se desencadearão, assim também como novas descobertas surgirão – assimilações e acomodações acontecerão – e espera-se que novos esquemas se formem.

De uma forma mais simples, Gadner fala a respeito:

GADNER                 “... um projeto fornece uma oportunidade para os estudantes   

                                        disporem de conceitos e habilidades previamente dominadas     
                                      a serviço de uma nova meta ou empreendimento”.    

Vale mais uma vez frisarmos que um verdadeiro Projeto não pode apenas se limitar a pequenas atividades, assim como não confundir o trabalho de pesquisa(cópia?) sobre um determinado tema o qual deve ser entregue em folha de papel almaço, ou ainda limitar-se a uma série de exercícios de matemática.

Como já mencionamos, devemos saber utilizar o verdadeiro conceito de Projetos para não utilizarmos “seu nome em vão”. Vale ainda o alerta para não substituirmos os enfadonhos deveres de casa nem ser simplistas a ponto de tentar realizar  séries de exercícios com o novo nome de Projetos.
Os Projetos na realidade são verdadeiras fontes de criação, que possam sem dúvida por processos de pesquisas, aprofundamento, análise, depuração e criação de novas hipóteses, colocando em prova a todo o momento as diferentes potencialidades dos elementos do grupo, assim como as limitações. Tal amplitude neste processo faz que os alunos busquem cada vez mais informações, materiais, detalhamentos, etc., fontes estas de constantes estímulos no desenrolar do desenvolvimento de suas competências.


Gadner (1994 b) responde a esta pergunta de uma forma muito simples porém realista, quando cita a grande preocupação das escolas em ensinar seus alunos a responderem testes e mais testes, e toda esta gama de informações adquiridas e necessárias para responder estas baterias de testes se perderão logo após os alunos saírem das escolas. Em contrapartida fora da escola encontrarão uma sistemática de trabalho que sempre envolverá os Projetos, por exemplo, um Projeto de Arquitetura, um Projeto de Reflorestamento, um Projeto de uma Campanha Publicitária, um Projeto Educacional, etc.

Analisando por este ângulo, por que então não iniciarmos já na escola aquilo que eles realmente farão em suas vidas pós-escolares, deixando, um pouco de lado aquilo que não utilizarão posteriormente?

Em muitas situações é necessário um aprofundamento do conteúdo trabalhado em classe e, neste momento, entra em ação o “ trabalho de casa”   ou  a “ pesquisa”. Hoje, o que se nota é exatamente a dificuldade de trabalhar com este tipo de atividade, em face da falta de interesse dos alunos envolvidos. Mesmo com esta dificuldade, notamos a insistência de alguns professores em manter esta estratégia, ainda que esta não demonstre sua eficácia.

Outra situação característica é o foco de interesse de determinados grupos em temáticas que podem estar vinculadas aos conteúdos acadêmicos de forma mais direta ou mesmo até indiretamente.

Nestes casos, duas atitudes normalmente são notadas, a primeira é a tentativa de o professor, aproveitando-se da temática de interesse, transformá-la em trabalhos de grupos estruturados, que devem ser entregues em dia e formato prestabalecido. A segunda possibilidade é a negação do grupo, com a alegação de que o tema de interesse não forma link com a programação acadêmica.

Nos dois casos citados, perderemos, com certeza, a grande oportunidade de trabalhar com atividades múltiplas, que realmente possam propiciar grandes e verdadeiras experiências cristalizadoras.

Nota-se ainda a grande preocupação da maioria dos professores em cumprir 100% de seus conteúdos, independentemente do grau de interesse e aproveitamento, negando-se a possibilitar algum tipo de desvio em sua programação de aula.

Outra característica peculiar nesta situação é o medo por parte de alguns professores de administrar este tipo de atividade aparentemente tão desconectada de seu conteúdo, achando que se poderá perder na correlação da temática em questão e o seu programa curricular.

Um Projeto não precisa ser desconectado da programação acadêmica, pode e até deve ser programado e proposto juntamente com os alunos, a fim de intensificar o processo de aprendizagem dos conteúdos e, principalmente, possibilitar diversificação de ações, formas e vivência que venham ainda propiciar uma amplitude de desenvolvimento das diferentes competências.

Na realidade, os Projetos são ferramentas que possibilitam melhor forma de trabalhar os velhos conteúdos de maneira mais atraente e interessante e, ainda, focada no aluno, percebendo individualmente as diferentes formas de aprender, os diferentes níveis de interesse, assim como as dificuldades e as potencialidades de cada um.

Por meio dos Projetos teremos grandes chances de propiciar estímulos por via de riqueza de materiais, experiências e vivências, a fim de mediar os processos de assimilação e acomodação e, por conseqüência, a tomada de novos esquemas em face dos mecanismos de ação e interação que surgirão no decorrer deste percurso.

Além do fator mencionado, referente ao aspecto de cognição, em um Projeto existe ainda a grande possibilidade de trabalhar o processo de metacognição, no qual o aluno irá pensar a sua forma de pensar, refletindo e descobrindo quais os mecanismo utilizados neste processo de pesquisa, vivência e descoberta.

A exploração do processo de metacognição possibilitará outras oportunidades além do Projeto em questão pois, conhecendo os mecanismos do pensar, o aluno tenderá  a buscar mais e mais novos conhecimentos, já que aprenderá a aprender. Desta forma, o processo torna-se mais ameno e motivante, diferente das formas passivas nas quais normalmente são colocados diante dos ser ativo e detentor do conhecimento – o professor.

O Projeto ainda pode propiciar diferentes mecanismos de trabalhar o processo de aprendizagem não só na área cognitiva, mas também na motora, quando colocamos o corpo para resolver determinadas situações problemas, assim como nas áreas afetiva, social, emocional, etc. ao buscar o equilíbrio e o desenvolvimento das inteligências inter e intrapessoal.

Outra característica marcante nos Projetos é a possibilidade do desenvolvimento em múltiplas áreas do conhecimento.

Imaginemos um trabalho de História do Brasil aplicado de uma forma mais clássica(pesquisa copiada em papel), e este mesmo trabalho na forma de Projeto, diferente do primeiro caso. No Projeto, além da possível aquisição do conhecimento do conteúdo específico de História, existirão grandes possibilidades de mediar outras competências, tais como as pessoais ( inter e intra ), a pictórica, a musical, etc.

Como podemos notar, o Projeto, se bem trabalhado, poderá auxiliar a formação de um sujeito integral, com possibilidades de desenvolvimento em diferentes áreas, formando-se amplamente, não se limitando a uma ou outra competência privilegiada nos diferentes contextos.

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Ser professor é ter o nobre ofício de exercer a arte de ensinar.