FAÇA SUA DOAÇAO AO BLOG

Adicione seu e-mail e você receberá nossas DICAS E TRABALHOS no seu e-mail:

Você receberá um Email, Clique no link para Confirmar.Portal Mais Professores

sábado, 13 de outubro de 2012

AVALIAÇÃO ESCOLAR


Sabatina, prova, exame, verificação, avaliação...
Para a grande maioria das pessoas que passaram por uma escola, esses termos têm uma conotação negativa. Isto deve-se, sem dúvida, a experiências negativas com relação à avaliação. Vejamos o que um aluno de 6ª  série do primeiro grau escreveu sobre um dia de prova:
“A hora da aula chegou. O professor de Geografia entra na sala e anuncia:
Hoje é dia de  prova.
Vê-se ansiedade em todos os rostos. Com afobação, cada um pega uma folha de papel. Durante o ditado das questões, escutam-se gritos de alegria ou desolação. Depois se põem imediatamente ao trabalho e escrevem sem parar. Outros, ao contrário, têm um ar pensativo e olham o teto acreditando lá encontrar uma inspiração. Alguns chupam o lápis, os olhos fixos sobre as folhas que continuam brancas, e às vezes lhes vem de repente uma idéia e por sua vez eles se põem a trabalhar. Alguns, com a mão sobre a testa, refletem profundamente.

Oprofessor pede os trabalhos, porque é tempo de devolver. Os alunos cujas folhas ficaram quase brancas, tentam nos últimos momentos que restam acrescentar alguma coisa. E, com tristeza, os retardatários devem devolver suas folhas.
O último pensamento que nós temos em relação a prova é a nota. Aqueles que foram bem sucedidos a esperam com impaciência e os outros, com temor”.
Através dessa descrição podemos perceber o clima de insegurança, de ansiedade, de medo e de competitividade gerado pela prova. Essa situação é muito comum em nossas escolas, elas nos sugere várias perguntas:
· A prova tem de ser assim mesmo?
· Não pode ser diferente?
· Como poderia ser?
· Qual o objetivo da prova?
· O que é avaliação?
Responder a essas perguntas é o objetivo desse capítulo. Estamos convencidos de que uma concepção demasiado “estreita” de avaliação por parte dos professores traz mais problemas do que ajuda aos alunos.
Vejamos inicialmente, o que é avaliação.

CONCEITO DE AVALIAÇÃO

Avaliação é um processo contínuo de pesquisas que visa interpretar os conhecimentos, habilidades e atitudes dos alunos, tendo em vista mudanças esperadas no comportamento, propostas nos objetivos, a fim  de que haja condições de decidir sobre alternativas do planejamento do trabalho do professor e da escola como um todo.
A partir dessa definição, que julgamos a mais completa, podemos concluir que:
a)      A avaliação não é um fim, mas um meio. Ela é um meio que permite verificar até que ponto os objetivos estão sendo alcançados, identificando os alunos que necessitam de atenção individual e reformulando o trabalho com a adoção de procedimentos que possibilitem sanar as deficiências identificadas.

b)     O próprio aluno precisa perceber que a avaliação é apenas um meio. Nesse sentido o professor deve informá-lo sobre os objetivos da avaliação e analisar com ele os resultados alcançados.

c)      A avaliação, sendo um processo contínuo, não é algo que termine num determinado momento, embora possa ser estabelecido um tempo para realizá-la.

FUNÇÕES DA AVALIAÇÃO

A avaliação se desenvolve, nos diferentes momentos do processo ensino-aprendizagem, com objetivos distintos. No início do processo temos a avaliação diagnóstica que é utilizada para verificar:
·         Conhecimento que os alunos têm;
·         Pré-requisitos que os alunos apresentam;
Particularidade dos alunos.


Constata             particularidades.
 
Constata deficiências em termos de pré-requisitos.
 
Identifica alunos com padrão aceitável  de conhecimentos.
 
  





Aplica-se este tipo de avaliação no início de uma unidade, semestre ou ano letivo.
Ao longo do processo de ensino-aprendizagem temos a avaliação formativa  que tem uma função controladora. São os seguintes os propósitos da avaliação formativa:
·         Informar o professor e o aluno sobre o rendimento da aprendizagem.
·         Localizar as deficiências na organização do ensino.



No fim do processo de ensino-aprendizagem temos a avaliação somativa que tem uma função classificatória, isto é, classifica os alunos no fim de um semestre, ano, curso ou unidade, segundo níveis de aproveitamento.


Função classificatória

 

 


Função                                          Modalidade correspondente

de diagnóstico                                        avaliação diagnóstica   
de controle                                             avaliação formativa
de classificação                                      avaliação somativa

AVALIAR PARA PUNIR OU PARA CONHECER?

Quando refletimos sobre o processo de avaliação desenvolvidos pelas escolas trazemos à tona uma série de questões fundamentais: para que, o que e quem avaliamos. Essas questões precisam ser constantemente discutidas e revistas por professores, pais, alunos e especialistas em Educação.

Os instrumentos de avaliação utilizados pela maioria das instituições de ensino são testes objetivos ou subjetivos, trabalhos escritos ou orais. Percebemos que as questões fundamentais descritas acima são resumidas ou subordinadas ao “ como avaliar” , o que representa um problema e uma grande preocupação por parte de educadores conscientes de sua missão de formar cidadãos.

No momento da avaliação o professor quer a “devolução” perfeita dos conteúdos que foram “depositados” nas cabeças dos alunos, consolidando assim a denominação, a passividade e a repetição e comprovando a falência e irracionalidade do sistema escolar de avaliação.

A avaliação da aprendizagem da forma como é aplicada e entendida em nossas escolas não passa de um instrumento arbitrário de controle, onde os conteúdos são alienados, acabados, compartimentalizados e a realidade sócio-afetiva-cultural-econômica dos alunos, além do seu desenvolvimento cognitivo e linguístico não são levados em consideração.

Precisamos encarar a avaliação como um processo  contínuo que possibilita o conhecimento e que tem como objetivo a melhoria do ensino e a garantia da aquisição de aprendizagem e não a simples rotulação dos alunos. Ela não é um produto e sim um meio através do qual podemos retomar e solucionar problemas.

A avaliação da aprendizagem somente acontecerá efetivamente se estiver vinculada aos objetivos que se deseja alcançar. É necessário observar que se priorizarmos muitos objetivos a serem alcançados ao término do ano letivos, ficará dificil atingir todos, portanto temos que nos ater àquilo que é fundamental, não esquecendo que ela deve ser uma fonte de crescimento, autonomia e emancipação dos alunos.

UTILIZAÇÃO DOS RESULTADOS DA AVALIAÇÃO

· Resultados da avaliaçãodiagnóstica – Poderão ser utilizados para o estabelecimento dos objetivos e planos de ensino.
· Resultados da avaliação formativa – Servirão para verificar se os objetivos estabelecidos são adequados aos alunos e se estão sendo alcançados.
· Resultados da avaliação somativa – Servirão para promover aos alunos, estabelecer novos objetivos e iniciar novo planejamento.

RECUPERAÇÃO

·  Recuperação preventiva – Consiste em retomar o processo, para pôr os estudantes carentes em condições de continuar os estudos.
· Recuperação terapêutica – Consiste em aluno refazer o trabalho não realizado ou malfeito até assimilar todos os elementos importantes propostos.

 FICHA DO ALUNO

· A ficha do aluno também denominada anamnese é muito importante para se poder compreender certos fatos relacionados com o aluno. Muitos fatos nebulosos da vida do educando podem ser esclarecidos através do preenchimento da anamnese.  

0 comentários:

Postar um comentário

Ser professor é ter o nobre ofício de exercer a arte de ensinar.